Economia & Mercados
10/09/2020 13:30

Organizações brasileiras transferem mais dados para a nuvem, mostra pesquisa


Por Wagner Gomes

São Paulo, 10/09/2020 - Um levantamento da Thales, empresa de tecnologia, com 100 executivos de TI do Brasil e outros 100 do Mexico mostra que as organizações na região estão transferindo mais dados para a nuvem, apesar de os dois países continuarem atrás de outras partes do mundo quando se trata de transformação digital. A pesquisa revela que as organizações brasileiras, por exemplo, estão próximas de um ponto decisivo do uso da nuvem. Quase metade (47%) de todos os dados já é armazenada nesses ambientes, sendo 47% desse total considerados confidenciais.

"A estimativa é que a transformação digital se acelere na América Latina, desempenhando um papel fundamental ao ajudar as empresas a se ajustarem ao ambiente de trabalho atual, bem como a se prepararem para a recuperação comercial pós-covid-19", diz o relatório da Thales.

Apesar de 45% dos entrevistados terem indicado que sua organização já sofreu alguma violação, todos disseram que a segurança de dados representa uma parte muito pequena (em média, apenas 15%) do seu orçamento geral de segurança de TI - o mais baixo de qualquer região estudada.

Entre as soluções tecnológicas para armazenamento na nuvem, 80% usam dois ou mais provedores de Plataforma como Serviço (PaaS); 74% dois ou mais provedores de Infraestrutura como Serviço (IaaS); e 84% mais de 11 provedores de Software como Serviço (SaaS). "A adoção da nuvem deve aumentar à medida que as empresas brasileiras continuam se apressando para proteger uma força de trabalho remota. 42% das companhias esperam que a demanda por investimentos em tecnologia de segurança de dados aumente em decorrência da covid-19", diz o documento.

Com a migração de dados cada vez maior para ambientes multinuvem, as arquiteturas de dados ganham complexidade - o que é a principal barreira para a implantação de sistemas de segurança para 44% dos entrevistados no Brasil. Embora menos de um quarto (20%) dos entrevistados tenha sido reprovado em uma auditoria de compliance neste ano, a pesquisa também revelou que há um maior interesse na segurança de dados devido às regulamentações de privacidade de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Contato: wagner.gomes@estadao.com
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