Economia & Mercados
30/03/2022 11:09

Especial: Troca de CEO da Petrobras não resolverá aflição do governo com alta do combustível


Por Wagner Gomes

São Paulo, 29/03/2022 - Sem muitas alternativas para forçar uma redução relevante no preço do combustível, o presidente Jair Bolsonaro deve continuar mostrando descontentamento com a política de preços da Petrobras. Para os analistas, será muito difícil uma mudança de comportamento do governo, acionista majoritário da companhia, em ano de eleições, independentemente de quem estará à frente da estatal.

O general Joaquim Silva e Luna foi demitido por Bolsonaro ontem da presidência da empresa. Um ano atrás, tinha sido a vez de Roberto Castello Branco. O motivo foi o mesmo: a dificuldade de conter o avanço dos preços, que no ultimo dia 10 de março subiu 24,9% no diesel, 18,8% na gasolina e 16,1% no gás de botijão. A atual política de Preço de Paridade Internacional (PPI) da Petrobras passou a ser adotada a partir de outubro de 2016 com a dolarização dos preços no País. Desde então, a gasolina já subiu 82,4% nos postos brasileiros. A alta no diesel foi de 93,2% e no gás de cozinha, 85%.

Em resposta, a Petrobras disse que o aumento ou a queda da produção no refino é uma estratégia que envolve diversos fatores, inclusive a rentabilidade da empresa. Rodrigo Costa Lima e Silva, diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras, explicou que a Petrobras tem atualmente 12 refinarias em operação no Brasil, produzindo diariamente gasolina, diesel, querosene de aviação (QAV), óleo combustível, entre outros derivados de petróleo. São produzidos em média 1,8 milhão de barris destes produtos por dia.

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