O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição do controle acionário da Companhia Energética do Piauí (Cepisa), do Grupo Eletrobras, pela Equatorial Energia.
A operação faz parte do Programa Nacional de Desestatização (PND) e também do Programa de Parcerias do Investimento (PPI) do governo federal. A venda da Cepisa para a Equatorial ocorreu em leilão realizado no dia 26 de julho. A decisão do Cade que confirma o negócio está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 28.
A Equatorial venceu a licitação com uma proposta considerada agressiva. O grupo ofereceu desconto de 8,5% na conta de luz dos consumidores do Piauí, aceitou pagar R$ 95 milhões ao Tesouro Nacional, algo que a União não esperava, e ainda se comprometeu a pagar sozinha, sem repassar às tarifas, o empréstimo subsidiado que bancou a distribuidora nos últimos dois anos, de R$ 878 milhões.
Ao Cade, a empresa destacou que a proposta ainda inclui o aporte de R$ 720 milhões na Cepisa, "o que contribuirá para a expansão dos investimentos em seus negócios".
A Equatorial já é dona da Cemar (Maranhão) e da Celpa (Pará) e não descarta a possibilidade de disputar outras distribuidoras da Eletrobras nos próximos leilões. A Eletrobras ainda pretender vender as distribuidoras Ceal (Alagoas), Amazonas Energia, Ceron (Rondônia), Boa Vista (Roraima) e Eletroacre.
