Economia & Mercados
29/07/2016 09:46

Embraer: caixa líquido fica negativo em R$ 712,3 milhões no 2º trimestre


A Embraer registrou no segundo trimestre deste ano um uso de caixa líquido de R$ 712,3 milhões, o que levou a um uso livre de caixa de R$ 1,549 bilhão, comparados a um caixa líquido gerado pelas atividades operacionais de R$ 733,3 milhões e uma geração livre de caixa de R$ 205 milhões do segundo trimestre do ano passado.

Com isso, no primeiro trimestre, o uso livre de caixa já soma R$ 2,474 bilhões, comparado ao uso de R$ 778,4 milhões dos seis primeiros meses do ano passado. A Embraer explicou que o aumento se deve à maior necessidade de capital de giro combinada com o aumento de investimentos em capex e desenvolvimento em 2016.

Entre abril e junho, as adições ao imobilizado totalizaram R$ 393 milhões, que incluem pool de peças de reposição, aeronaves usadas em leasing ou disponíveis para leasing e os investimentos em capex, que somaram R$ 215,4 milhões, incluindo despesas relacionadas a equipamentos e imobilizado, principalmente de programas do segmento de Defesa & Segurança. Excluindo-se essas despesas, o capex ficou em R$ 195,4 milhões. Entre janeiro e junho, foi de R$ 358 milhões.

Dívida
Ao final de junho, o endividamento da Embraer totalizava R$ 11,777 bilhões, abaixo dos R$ 13,036 bilhões do primeiro trimestre. A queda é resultado, basicamente, da valorização do real frente ao dólar ocorrida no período.

Para 2016, a Embraer explicou que cerca de 45% da exposição em real está protegida, caso o dólar se desvalorize abaixo de R$ 3,42. Para taxas de câmbio acima deste nível, a empresa diz que se beneficiará até um limite médio de R$ 6,34 por dólar.

Ao final do período, 25% da dívida total era denominada em reais. O custo das dívidas em dólar ficou em 5,25% ao ano, estável ante os 5,21% do primeiro trimestre, enquanto o custo das dívidas em reais caiu de 5,99% para 5,69% ao ano. O prazo médio de endividamento foi de 5,7 anos.

Se por um lado a valorização do real reduziu o endividamento, por outro, diminuiu também contas a receber e estoques. As contas a receber de clientes líquidas diminuíram R$ 178,2 milhões no segundo trimestre, em relação ao primeiro trimestre, e atingiram R$ 2,645 bilhões. Já os estoques caíram R$ 186,9 milhões no período, alcançando R$ 8,729 bilhões.
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