Política
20/07/2016 21:39

França pede reforço segurança em embaixada, consulados e escolas franceses


Brasília, 20/07/2016 - Depois de pedir reforço na segurança do presidente francês François Hollande, durante a sua passagem pelo Brasil para a abertura dos Jogos Olímpicos, o governo daquele país pediu aumento de proteção na embaixada, em Brasília, e nos consulados localizados no Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Salvador, além de escolas.

A França se tornou o principal alvo do terror no mundo e o governo daquele país solicitou que o Brasil coloque segurança extra também nos institutos que ensinam a língua Aliança Francesa, assim como nas escolas de ensino regular de nacionalidade francesa, distribuídas em várias cidades do País.

O governo federal encaminhou o pedido às Secretarias de Segurança nos Estados. Durante as Olimpíadas não só Hollande, mas toda a delegação francesa, terá segurança reforçada. Nesta quarta-feira mais uma reunião de acompanhamento da preparação dos Jogos Olímpicos, foi realizada no Palácio do Planalto, sob o comando do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

A questão da falta de experiência da empresa Artel Recursos Humanos, de Santa Catarina, contratada pela Secretaria de Grandes Eventos do Ministério da Justiça para recrutar cinco mil pessoas que farão a operação de equipamentos de inspeção de pessoas nas estradas das áreas de competição, considerada de grande preocupação pelos militares, foi discutida no encontro.

O Planalto se mostrou também preocupado com o tema, mas o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, tentou tranquilizar o governo dizendo que esses contratados a menos de 20 dias dos jogos, não serão responsáveis pela segurança nestes locais, mas apenas vão operar as máquinas de raio X, sob a supervisão da Força Nacional.

Problema semelhante a este ocorreu em 2012, na preparação dos Jogos Olímpicos de Londres que acabou obrigando o governo britânico a convocar, em caráter emergencial 3,5 mil soldados para fazer a segurança do evento, despertando críticas de que o país não soube se preparar para sediar os Jogos.

Na época, o ministério da Defesa britânico, duas semanas antes dos jogos chamou este número adicional de soldados por conta de temores de que a empresa privada de segurança G4S não conseguiria cumprir o contrato com os organizadores dos Jogos. A empresa G4S que venceu a concorrência de 300 milhões de libras (cerca de R$ 950 milhões) na época, se comprometeu a fornecer 10 mil seguranças para os Jogos Olímpicos mas não conseguiu treinar e checar todos os novos contratados a tempo.

Os militares temem que o mesmo esteja acontecendo por aqui com o agravante de que o valor do contrato fechado com a Artel, de R$ 17,3 milhões para a contratação de cinco mil pessoas, não seria suficiente para prestar este tipo de serviço já que representaria R$ 3,46 mil para cada um dos contratados, por um mês, sem qualquer sobra de lucro para a empresa contratante.

O problema é que as olimpíadas e paraolimpíadas duram mais do que este período. "Essa conta não fecha", observou um dos oficiais consultados pelo Estado.
Sem problemas - O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, designado para ser o porta-voz da reunião, minimizou qualquer tipo de problema e que "o governo tem absoluta convicção de que os jogos serão seguros".

Segundo ele, "o Brasil tem tratado tanto a questão da segurança pública quanto a questão do terrorismo com grande seriedade, mas nós temos a convicção de que adotamos as mais modernas técnicas de enfrentamento a esse tema, estão sendo disponibilizados todos os efetivos, 88 mil homens envolvidos na operação de segurança, portanto o Brasil não subestima esse tema". Picciani disse ainda que pelo menos 50 chefes de Estado e de governo estarão no Brasil para a abertura dos Jogos. (Tânia Monteiro)
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