Política
19/09/2018 08:40

Ciro: Alckmin vendeu a alma para ter tempo de TV e está pagando um preço amargo


São Paulo, 19/09/2018 - O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse nesta manhã que pesquisa é um retrato do momento e que segue em sua campanha com muito trabalho e serenidade. "Sou experiente", disse ele, numa referência ao petista Fernando Haddad ter lhe ultrapassado na pesquisa Ibope, divulgada ontem, e ocupar o segundo lugar da corrida presidencial, atrás de Jair Bolsonaro (PSL). Ciro destacou que é amigo de Haddad, mas acredita que o País não aguenta mais a "bomba da polarização" com o PT.

Ao falar das pesquisas, em entrevista para a rádio CBN e o portal G1, o pedetista alfinetou o candidato do PSDB nessa corrida presidencial: "Alckmin vendeu a alma para ter o maior tempo de TV (na aliança com o Centrão), mas está pagando um preço amargo (pois não decolou nas pesquisas e patina em um dígito)".

Ciro disse que não cede a instituto de pesquisa e, apesar de falar sobre a amizade com Haddad, destacou que o petista está se precipitando em inexperiência ou até mesmo na arrogância, em se achar vitorioso ou no segundo turno.

Ao falar sobre suas propostas para a área da segurança pública, Ciro Gomes acusou as autoridades de São Paulo a fecharem acordos com facções criminosas. "Comando do PCC tem acordo com autoridades de São Paulo, todo mundo está careca de saber disso", emendou, dizendo que o Ministério Público está vasculhando isso.

O candidato reconheceu que em seu Estado, o Ceará, a segurança não vai bem, mas não é por omissão. "Fizemos todo o manual do que era preciso. Triplicamos a força policial do meu governo para cá. 100% do aumento da violência é explicado pelo comando de PCC e do CV a partir das cadeias. Minha principal proposta para reduzir a violência é assumir como federal, desde a investigação até a punição, de crimes, incluindo a corrupção policial, por meio de mudança de leis", disse. E destacou que a violência contra a mulher não será segredada da segurança pública. "Vamos resolver com um processo de cultura e educação". (Elizabeth Lopes - elizabeth.lopes@estadao.com, com Marcio Rodrigues)
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