Brasília, 24/04/2018 - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), evitou criticar a decisão judicial que impediu uma comissão de deputados de fazer uma visita ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba. Maia afirmou que não concordou com a proibição imposta pela juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena de Lula, mas que iria tentar resolver a situação por meio do "diálogo".
"Da mesma forma que todos nós gostaríamos que a decisão da juíza fosse outra, também não adianta declarações mais duras, mais fortes, que acabam gerando um conflito nas relações", disse. O presidente da Câmara afirmou que vai tentar construir uma solução "com muita calma", para que a "independência dos Poderes" seja mantida sem que se perca "a harmonia". "Acho que nesses assuntos, o diálogo é sempre o melhor caminho", disse.
Mesmo com a proibição imposta pela juíza, três deputados petistas Paulo Pimenta, Paulo Teixeira e Wadih Damous foram até a capital paranaense nesta terça para tentar fazer uma inspeção na cela de Lula. Em nota, Pimenta, que é líder do PT na Câmara, classificou a atitude da juíza como "um grave ataque ao Poder Legislativo e um atentado à independência dos três Poderes e ao Estado democrático de direito". (Isadora Peron e Igor Gadelha)