Por Eduardo Gayer
Brasília, 10/08/2022 - Os três à Presidência da República mais bem colocados nas pesquisas - o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) - já apresentaram seus planos de governo à Justiça Eleitoral, passo fundamental para disputar o Palácio do Planalto. O prazo se encerra no próximo dia 15, às 19h.
Candidato do PT ao Palácio do Planalto, Lula protocolou seu programa de governo no domingo, 7. O documento prevê a revogação do teto de gastos, taxação de “super-ricos” e traz críticas à privatização da Eletrobras. “Precisamos recuperar seu papel como patrimônio do povo, preservando nossa soberania energética”, afirma o plano petista, que ataca a possibilidade de transferir Petrobras e Correios à iniciativa privada. Também há incentivo ao investimento público por meio de Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES.
Candidato à reeleição, Bolsonaro apresentou documento em que promete isentar de Imposto de Renda, a partir de 2023, quem ganha até cinco salários mínimos por mês. A manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 é outro ponto apresentado, bem como a revisão do sistema tributário brasileiro, com aumento da progressividade e aprimoramento da Previdência. Não há qualquer citação a uma possível privatização da Petrobras, embora o governo tenha incluído a estatal em carteira de estudos para desestatização. Tampouco há menção a mudanças ou manutenções no teto de gastos.
Já Ciro Gomes protocolou seu plano de governo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda ontem. O pedetista pretende acabar com a política de preços internacionais (PPI) da Petrobras, instituída na gestão Michel Temer (MDB), e propõe reforma tributária, com taxação de grandes fortunas e retomada de imposto sobre lucros e dividendos. A redução de subsídios e incentivos fiscais em 20% logo no primeiro ano de governo é outro ponto do documento. O endividamento das famílias será renegociado em um eventual governo Ciro, promete o plano de governo.
O programa de governo da candidata do MDB, Simone Tebet, não consta do sistema do TSE. A assessoria de imprensa da senadora foi questionada sobre quando pretendia fazê-lo, mas não retornou aos contatos.
Já constam ainda os planos de governo de Luiz Felipe D’Ávila (Novo), Léo Péricles (UP), Pablo Marçal (Pros), Sofia Manzano (PCB), Vera Lúcia (PSTU).
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