Política
11/11/2021 08:31

Eleições 2022: Ida de Bolsonaro para o PL reforça disputa entre Onyx e Heinze no RS


Por Italo Bertão Filho, especial para o Broadcast Político

Rio, 10/11/2021 - A chegada do presidente Jair Bolsonaro ao PL deve mudar o cenário da disputa para as eleições de 2022 entre seus aliados no Rio Grande do Sul. Ambos à direita, dois aliados do presidente, o ministro Onyx Lorenzoni (DEM) e o senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) poderão dividir o eleitorado bolsonarista no Estado ao virarem concorrentes na disputa pelo governo gaúcho.

Além de Bolsonaro, Onyx também deve migrar para o PL em breve, após se posicionar contra a fusão do seu atual partido, o DEM, com o PSL no futuro União pelo Brasil. O ministro deve anunciar oficialmente sua pré-candidatura ao governo do Estado em dezembro. Em entrevistas a jornais gaúchos nas últimas semanas, Onyx disse que lançaria a candidatura com a presença de Bolsonaro, no mês que vem. Nas pesquisas eleitorais recentes, o ministro divide a liderança na preferência do eleitorado com o ex-governador José Ivo Sartori (MDB).

Comandado pelo deputado federal Giovani Cherini (PL-RS), que foi vice-líder do governo na Câmara, o PL tem pouca expressão no RS, com apenas 10 prefeitos, dois deputados estaduais e um federal - o próprio Cherini. Com a filiação de Bolsonaro ao partido, segundo informações do jornal Zero Hora, aliados de Onyx cogitam a possibilidade de uma dobradinha do PL com o PP em nível estadual, repetindo uma possível chapa nacional entre as duas legendas com Bolsonaro candidato à reeleição.

PP maior
O PP gaúcho, que participa da base aliada do governador Eduardo Leite (PSDB), é um dos partidos mais fortes do Estado. Tem seis deputados estaduais, quatro federais e 143 prefeitos, sendo a sigla que mais comanda prefeituras no Rio Grande do Sul.

No entanto, o PP já havia lançado, em junho, a pré-candidatura do senador Heinze ao governo do Estado. Ao Broadcast Político, a executiva estadual do partido informou que a candidatura de Heinze é "irreversível" e que não depende da filiação do presidente Bolsonaro ao PL. O PP também negou a possibilidade de uma dobradinha com o PL na eleição estadual.

Heinze tentou ser candidato a governador em 2018, mas acabou barrado por um acordo entre o PSDB e o PP gaúcho, que indicou a então senadora Ana Amélia Lemos para ser vice de Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições presidenciais. Em troca, o PP apoiou Eduardo Leite na disputa para o governo.

Heinze foi forçado pelo partido a concorrer ao Senado e, engajado na campanha de Bolsonaro, acabou levando uma das vagas. A última vez que o PP lançou candidatura própria ao governo gaúcho foi em 2014, quando Ana Amélia - hoje secretária do governo Leite - concorreu e terminou em terceiro lugar.

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