São Paulo, SP--(
DINO - 02 out, 2017) - O boletim do Sebrae - "Óticas como oportunidade para novos negócios", publicado em 2014 e divulgado em seu site, aponta que em todo o Brasil são mais de 30 mil óticas, sendo a maioria no Sudeste do país com 13%, seguido pelo Nordeste que tem 12,7% do volume de lojas desse segmento. A maior parte dessas são consideradas de pequeno e médio porte, já as de grande, em sua maioria, fazem parte de redes de franquias.
Segundo notícia veiculada no site da Exame, em março do último ano, somente neste ano uma rede de franquias investiu em mais de R$ 15 milhões na criação de um laboratório de lentes e R$ 40 milhões em comunicação e marketing. O objetivo principal da rede é ampliar de 865 lojas para 1000 até o final do ano.
O mercado é promissor com um potencial de crescimento enorme e é justamente isso que os empreendedores têm visto. Teoria comprovada pela Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica) que revela um dado importante: os negócios do setor tendem a dobrar em cinco anos, quando a situação do país começar a melhorar.
É justamente neste cenário que a Ipê Digital, startup mineira que desenvolve software para gestão de óticas por meio do sistema ssOtica, pretende crescer e se solidificar. De olho nesse crescimento do setor, a startup surgiu para solucionar os principais problemas dos gestores de óticas como a organização das contas a pagar, controle das vendas, do estoque, além também de conseguir reduzir custos, tempo com atividades operacionais e riscos no lançamentos errados de vendas, na emissão de notas, entre outros.
Funcionalidades facilitam dia a dia da ótica
A startup surgiu para suprir a necessidade de um amigo do fundador da Ipê Digital, Rafael Barros Nunes, que precisava gerenciar as vendas e o fluxo de caixa da loja e fazia todo o controle via Excel e muitas vezes, quando viajava, tinha que levar o notebook para acessar e atualizar a planilha, o que demandava muito tempo.
O sistema foi desenvolvido aos poucos e com o tempo, novas funcionalidades surgiram e consequentemente novos clientes do ramo óptico se interessaram pelo produto, a maior parte de Uberaba (MG) e de cidades do interior de São Paulo (SP).
"Percebi que a maioria dos lojistas tinha a necessidade de informatizar a ótica para que eles pudessem se livrar das planilhas e automatizar esse controle. Foi então que decidi ampliar a gama de funcionalidades", comenta Rafael Barros Nunes.
Funcionalidades essas que ajudaram os clientes a automatizar tarefas como relacionamento pós-vendas com o envio automático de sms ou e-mail, cobrança, emissão de notas fiscais e controle financeiro. Assim, era possível sobrar mais tempo para o gestor dedicar primeiramente nas vendas, treinamento de vendedores e oportunidades de negócios com fornecedores.
Facilidade comprovada pelo Sérgio, que é um dos sócios da ótica Rodrigo, que tem lojas em Araruama e São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro. Ele usa o ssOtica há mais de um ano e revela fazer toda a gestão a distância, porque mora no Rio de Janeiro, capital.
"O sistema ajuda muito, porque vem crescendo constantemente a pedido dos usuários. Nele, tenho todo o controle do estoque. Posso controlar o inventário, entrada de produtos apenas com a exportação de planilha. Para mim, é muito importante", disse.
De 400 clientes para 1.300 em um ano
Em 2016 o software que era vendido apenas na versão desktop, passou a ser online também o que deu um salto no produto e o fez ser ainda mais competitivo no mercado. Uma vez que o cliente poderia acessar os dados de qualquer lugar do mundo. "Em um mundo onde mobilidade é o principal, o sistema online permite gerenciar a loja remotamente", destaca Rafael.
A equipe de vendas foi ampliada em 100% e a meta daquele ano era sair dos 400 clientes para os 1000. Parecia impossível crescer tanto em ano de crise política e econômica, mas os três sócios foram além e não se deixaram abater.
A startup ganhou corpo, o processo de vendas foi modificado, a equipe foi treinada para atender e entender a principal necessidade do cliente. Assim, segundo Roberto Viana um dos sócios da empresa, a Ipê Tecnologia, se transformou em Ipê Digital e deixava de ser uma fábrica de software, para ser uma parceira do lojista.
"Sabemos as dificuldades que o pequeno empreendedor tem. Por isso, decidimos ser mais consultivos e oferecer soluções para que o nosso cliente pudesse ampliar as vendas e ter mais resultados usando o sistema", conta Roberto.
Foi assim, que os sócios conseguiram alcançar a marca de 1.000 clientes usando o sistema de gestão para óticas. Até o final do ano, a startup deve faturar mais de 1,6 milhões de reais com a venda das licenças.
Ter foco é o segredo
Geralmente o tempo médio de vida de uma startup é de 2 a 4 anos. Segundo pesquisa da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), 71% tem até dois anos de existência e 49% conta com até 3 pessoas trabalhando. A Ipê Digital já passou deste período e hoje tem mais de 20 colaboradores.
Esse marco, segundo Rafael Nunes, foi graças à persistência e a um segredo: ter o foco muito bem definido no que entregar como produto e metas estabelecidas para chegar mais longe. "Ter pessoas que vestem a camisa e te ajudam a buscar o objetivo é essencial também", disse.
Aposta em novos segmentos
Agora, segundo Rafael Nunes, a intenção é de se consolidar como uma excelente solução de sistema para informatização de óticas e abrir novas verticais em segmentos. Por isso, que a Ipê Digital tem apostado no segmento de PetShops, com o sistema ssPet.
Ele foi totalmente desenvolvido para atender esse público e oferece soluções fáceis como o cadastramento dos tutores e dos animais, aviso automaticamente sobre as vacinas, emissão de notas fiscais, além também de organizar a agenda ao demonstrar os horários disponíveis em uma única tela. "Queremos ampliar nossa gama de produtos e oferecer sistemas que realmente ajudem o empreendedor", conclui Rafael.
Website:
http://ipe.digital/
