Agronegócios
27/06/2017 13:52

MME/Pedrosa: expectativa é fazer leilão de energia neste ano


São Paulo, 27/06/2017 - O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, reiterou nesta terça-feira que a expectativa do governo é realizar um leilão de energia neste ano, mas salientou que a decisão será técnica. "O encaminhamento é técnico, para que se busque e encontre justificativas técnicas para fazer", disse, durante o Ethanol Summit 2017, ao ser questionado por uma plateia do segmento de bioeletricidade sobre a previsão de novos leilões, em particular que possam favorecer a participação da fonte.

Segundo ele, o "problema gigantesco" enfrentado no setor elétrico decorre de decisões tomadas no passado, "com um conjunto de inputs de toda natureza, inclusive política". E agora a posição do atual governo é resistir à tentação de ceder à pressão de qualquer segmento e beneficiar alguma cadeia produtiva em específico. "Não podemos escolher segmento", disse, acrescentando entender a demanda de grupos de fabricantes de equipamentos. "Por mais que seja justificável e defensável, entendo que fabricantes peçam, mas meu entendimento é que temos de dizer não".

De acordo com Pedrosa, o movimento de ajuste do balanço energético tem sido feito, com a revisão das garantias físicas das hidrelétricas e a realização de leilões de descontratação de "energia de papel", de maneira a buscar mais segurança para a efetiva oferta de energia. Pedrosa lembrou, ainda, que as distribuidoras já têm sinalizado que podem precisar fazer contratações de demanda futura.

Também presente no evento, o diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), José Mauro Ferreira Coelho, destacou que tendo em vista o problema de restrição no setor de transmissão de energia, é provável que os próximos leilões levem em consideração a margem de escoamento. "Esse dado é importante e traz vantagem para biomassa", comentou. Ele se referiu ao fato de que as restrições afetam principalmente projetos eólicos, que têm dominado os leilões recentemente, enquanto os projetos a biomassa, afastados dos últimos certames, normalmente são localizados perto do centro de carga e por isso menos afetados pelas dificuldades no transporte. (Luciana Collet - Luciana.collet@estadao.com)
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