Por Isadora Duarte
São Paulo, 05/11/2021 - Apesar da retração de 15,9% na receita líquida com exportações na comparação do terceiro trimestre deste ano ante igual período do ano passado, a M. Dias Branco acredita que a tendência para as vendas externas de seus produtos é "muita boa". "Estruturalmente, as exportações estão em patamar muito bom e a tendência é muito boa", disse o diretor de Novos Negócios e Relações com Investidores da empresa, Fábio Cefaly, em entrevista exclusiva ao Broadcast Agro. "As exportações mantêm o patamar alinhado à nossa estratégia de crescimento. Essa queda não nos preocupa e nem faz mudarmos os planos." No período, a companhia obteve receita líquida de R$ 39,2 milhões com vendas externas ante R$ 46,7 milhões reportados no terceiro trimestre de 2020.
Na avaliação de Cefaly, o recuo da comercialização externa deve-se a circunstâncias externas à companhia. "A escassez de contêineres e os maiores custos de frete marítimo internacional acabaram comprometendo as exportações neste trimestre", explicou Cefaly. Ele destacou que no período a empresa incluiu no portfólio 13 novos produtos destinados exclusivamente ao mercado externo, sendo 9 na categoria de biscoitos. Também no terceiro trimestre deste ano, a marca Piraquê, conhecida por ter margens de rentabilidade superiores com produtos de maior valor agregado, passou a ser comercializada no Paraguai e no Chile.
Para o acumulado do ano, Cefaly avalia que as vendas externas tendem a não superar o resultado obtido no ano passado. "Em virtude do segundo trimestre de 2020, em que tivemos vendas atípicas para programas de ajuda humanitária, mas tendem a ficar crescentes ante 2019", projetou. Em relação ao último trimestre do ano, as dificuldades observadas no período anterior permanecem: escassez de contêineres e elevado frete internacional. "Entendemos que em algum momento, a situação irá se regular", avaliou o executivo.
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