Ribeirão Preto, 11/5/2018 - O gerente executivo de Relações com Investidores da Cosan, Philipe Casale, afirmou há pouco, em teleconferência sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre de 2018 (1T18), que a rentabilidade do etanol ajudou na composição do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) no período. A Cosan relatou Ebitda de R$ 1,192 bilhão no trimestre inicial de 2018, em comparação com R$ 973,8 milhões no primeiro trimestre de 2017, alta de 22,5%. O Ebitda ajustado proforma atingiu R$ 1,313 bilhão, alta de 10,9% na mesma base de comparação.
Casale evitou falar qual a margem obtida pela companhia nas vendas de etanol, mas lembrou que com as operações da Raízen Energia (produção) e da Raízen Combustíveis (varejo), a empresa é o único player integrado no mercado. "Precisamos maximizar essa vantagem e o etanol a ajudou na composição do Ebitda no primeiro trimestre, com preços e com um aumento no volume de vendas de quase 60% no período", disse.
Para o executivo, diante dos preços depreciados do açúcar causados por um excedente mundial da commodity, a estratégia desse ano é de maximizar produção de etanol nas unidades da Raízen Energia, maior processadora de cana-de-açúcar do mundo. "Isso está bem claro para a indústria". Casale previu também uma volatilidade nos preços dos combustíveis ao longo do ano, com a manutenção da política de preços da Petrobras e considerou que as importações de etanol, que bateram recorde mensal no mês passado, são "parte da dinâmica da indústria e vai continuar a existir daqui para frente", concluiu. (Gustavo Porto - gustavo.porto@estadao.com)
