Agronegócios
11/08/2021 08:38

Cecafé: Brasil exportou em julho 2,826 milhões de sacas, queda de 12,8% ante julho de 2020


São Paulo, 11/08/2021 - O Brasil exportou 2,826 milhões de sacas de 60 quilos de café em julho - primeiro mês do ano-safra 2021/22 -, queda de 12,8% em comparação com igual mês de 2020, informou ontem (10) o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). No acumulado de 2021, as exportações alcançam 23,73 milhões de sacas, montante 2,2% maior na comparação com janeiro a julho de 2020.

Já as exportações renderam, em julho, US$ 402,7 milhões, alta de 5,6% frente aos US$ 381,2 milhões registrados em julho de 2020. No acumulado de 2021, a receita cambial com os embarques brasileiros do produto chegou a US$ 3,203 bilhões, volume 7% superior ao rendimento registrado de janeiro a julho de 2020.

Segundo o Cecafé, as exportações nacionais de café verde de janeiro a julho apresentaram o melhor resultado nos últimos cinco anos. A variedade arábica foi a mais exportada, com o envio de 19,227 milhões de sacas ao exterior, o que corresponde a 81% do total. Já a canephora (robusta + conilon) registrou o envio de 2,337 milhões de sacas ao exterior, ou 9,8% do total. Na sequência, vem o segmento do produto solúvel, que embarcou 2,152 milhões de sacas (9,1%).

Segundo o Cecafé, a queda em volume exportado, na comparação mensal, ocorreu por causa dos “entraves logísticos no transporte marítimo mundial, que passa por grave crise operacional, com disparada no valor dos fretes, cancelamentos de bookings, dificuldade de novos agendamentos e disputa por contêineres e espaço nos navios em função do aquecimento da demanda por produtos alimentícios e eletrônicos, em especial nos Estados Unidos e na Ásia”.

A entidade informou ainda que os Estados Unidos seguem como os maiores importadores dos cafés brasileiros este ano, tendo adquirido até o momento 4,521 milhões de sacas, 4,5% mais em relação a janeiro a julho de 2020. Na sequência, vêm Alemanha, com 4,178 milhões de sacas (+5,5%); Bélgica, com 1,694 milhão (+1,1%); Itália, com 1,681 milhão (-9,5%), e Japão, com a importação de 1,339 milhão de sacas (+12,8%).

O Cecafé destaca também o crescimento de 20% nas exportações brasileiras de café para outros países produtores, que importaram 1,79 milhão de sacas no acumulado de 2021 até julho. “Quando o recorte inclui apenas café verde, salienta-se ainda mais essa evolução, que chega a 31,1%, com outras nações cafeeiras elevando a importação do produto in natura de 1,062 milhão para 1,392 milhão de sacas”, diz o Cecafé. “As nações árabes também merecem evidência, com a aquisição de 1,037 milhão de sacas no período, alta de 5,2% no comparativo anual.”

Já em relação aos cafés diferenciados, o Brasil exportou 3,868 milhões de sacas de janeiro a julho, volume que perfaz 16,3% dos embarques totais no período e significa crescimento de 1,3% frente a igual intervalo anterior. O preço médio desse produto foi de US$ 174,86 por saca, o que proporciona uma receita total de US$ 676,3 milhões nos sete meses, apurando evolução de 7,7% no comparativo anual e participação de 21,1% no total gerado até o momento.

O Porto de Santos permanece como o principal canal de escoamento dos cafés do Brasil em 2021. De janeiro a julho, 18,401 milhões de sacas partiram do porto paulista, o que representa 77,5% dos embarques totais. Na sequência, vêm os portos do Rio de Janeiro, com a remessa de 3,692 milhões de sacas (15,6%), e de Vitória (ES), com 713 mil sacas (3%).
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