Agronegócios
14/01/2019 12:20

CBOT: soja e trigo devem abrir em queda; milho tende a iniciar em leve alta


São Paulo, 14/01/2019 - Os contratos futuros de grãos devem começar a sessão desta segunda-feira operando em direções distintas na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado de grãos continua sem direcionamento próprio e com ausência de sinais que impliquem precificação, em virtude da paralisação parcial do governo norte-americano. Investidores operam "às cegas" sem contar com o apoio de dados cruciais de oferta e demanda, como os divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

A consultoria de commodities agrícolas Summit Commodity Brokerage considera que nesta semana o mercado de grãos deve manter o foco nos dados da América Latina, principalmente, em relação à safra brasileira de cereais. "Sem dados de exportação do governo, todo o comércio deve ser focado no clima da América do Sul e nas condições de seca no centro do Brasil", disse o analista de mercado da Summit Commodity Brokerage, Tomm Pfitzenmaier.

A soja deve abrir em queda com cautela dos agentes. Os rumores de compras chinesas da oleaginosa norte-americana continuam sem confirmação. "Traders aguardam o fim da paralisação ou anúncio de um acordo comercial entre a China e os EUA", segundo Pfitzenmaier. No acumulado de 2018, as importações chinesas de soja recuaram 8%, na comparação anual, totalizando 88,03 milhões de toneladas. Em dezembro de 2018, o resultado foi ainda pior, com a importação de 5,72 milhões de toneladas, volume 40% menor do que o registrado em igual período do ano anterior. Os dados foram divulgados nesta madrugada pelo Departamento de Alfândegas da China.

Em direção oposta, o milho tende a abrir em leve alta. Entretanto, o recuo do petróleo pode limitar a valorização do cereal, já que diminui a competitividade relativa do etanol, que nos EUA é feito principalmente com milho.

Já o trigo deve abrir em queda, com notícias de incremento na área plantada nos quatro maiores produtores de trigo da União Europeia (UE). Analistas consideram que o clima seco, desfavorável ao plantio de canola, influenciou a aposta em lavouras de trigo. Movimentos técnicos também tendem a pressionar as cotações do cereal, que acumulou alta em sessões consecutivas na semana passada.

No overnight, o vencimento março da soja recuou 5,50 cents (0,60%), a US$ 9,0475 por bushel. O milho para março ganhou 0,25 cent (0,07%), a US$ 3,7850 por bushel, enquanto igual vencimento do trigo perdeu 3,50 cents (0,67%), a US$ 5,1600 por bushel. (Isadora Duarte, isadora.duarte@estadao.com, com informações da Dow Jones Newswires)
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