Agronegócios
25/08/2021 10:55

Café/Solúvel: exportação cai 7,4% até julho; Abics revisa resultado para queda em 2021 ante 2020


São Paulo, 25/08/2021 - A exportação brasileira de café solúvel diminuiu 7,4% nos primeiros sete meses deste ano em comparação com igual período de 2020. Os embarques no período atingiram 2,21 milhões de sacas de 60 kg ante 2,39 milhões de sacas de janeiro a julho do ano passado. Os dados são das indústrias do setor, filiadas à Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).

Conforme a associação, a perda de competitividade reflete, entre outros fatores, "a elevação dos preços do café no mercado interno e problemas logísticos de escassez de contêineres e navios, que se tornaram rotineiros, com picos de agravamento pontuais e que perduram até hoje, gerando dificuldades e elevação nos custos para todo setor exportador brasileiro”, afirma em nota o diretor de Relações Institucionais da Abics, Aguinaldo Lima. Ele acrescenta que há cenários apontados por especialistas de até um provável caos logístico, com falta de navios que deverá se estender até 2022, o qual já afeta as exportações de café em grãos.

Após um primeiro quadrimestre com exportações crescentes, o desempenho do setor começou a declinar a partir de maio em relação ao mesmo período de 2020. “Com essa mudança de tendência, o setor de solúvel reviu seus números para uma possível queda considerável no volume embarcado em 2021 frente a 2020, interrompendo três anos de evolução contínua”, aponta Lima. Segundo o diretor da Abics, o setor projetava a possibilidade de crescimento de até 3% este ano.

O diretor da Abics observa que, com o encerramento da colheita brasileira de café ocorrendo normalmente no segundo semestre de cada ano, as indústrias nacionais de café solúvel iniciam o período de comercialização mais intensa com os clientes mundiais, visando o ano seguinte. “Geralmente a comercialização de café solúvel é realizada com antecedência que varia de 4 a 18 meses, o que determina que as indústrias precisam, para não correr riscos, travar seus preços, em boa parte, com a aquisição física de matéria-prima. E é a partir da leitura mais lenta e desaquecida dessa comercialização que passamos a rever nossas projeções, inclusive para 2022, acendendo o sinal de alerta para o setor”, conclui.



Para ver esta notícia sem o delay assine o Broadcast Agro e veja todos os conteúdos em tempo real.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso