São Paulo, 12/05/2021 - O Brasil exportou 3,3 milhões de sacas de 60 kg de café em abril, 8,5% a menos do que em igual mês de 2020, informou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). A receita cambial caiu 7,4% no período, para US$ 447,2 milhões. No acumulado da safra 2020/21, que começou em julho de 2020, o País exportou 39,5 milhões de sacas, alta de 16,6%. A receita subiu 14,1% na mesma comparação, para US$ 5 bilhões.
"O resultado de abril foi o segundo melhor nos últimos cinco anos", disse em nota o presidente da entidade, Nicolas Rueda. Segundo ele, o resultado foi obtido mesmo com os entraves logísticos gerados pela Covid-19 e pela concentração do fluxo do comércio na Ásia, que, entre outros fatores, reduz a disponibilidade de contêineres para exportação de café.
No primeiro quadrimestre, os embarques totais chegaram a 14,8 milhões de sacas, 8,6% mais do que um ano antes; enquanto a receita avançou 6,1%, para US$ 1,95 bilhão.
O principal destino do café brasileiro no ano civil até aqui são os Estados Unidos, com participação de 19,3% nas exportações do Brasil. Os EUA importaram 2,9 milhões de sacas no período, avanço anual de 4,2%.
As exportações de cafés diferenciados entre janeiro e abril somaram 2,19 milhões de sacas, enquanto a receita foi de US$ 374,5 milhões.
Safra 2021/22 - Rueda afirma que o cenário para a próxima safra de café do Brasil é de alerta. "Sabidamente, a próxima safra é de baixa no ciclo bienal da produção brasileira. Além disso, o setor continua observando as condições climáticas, que já impactaram o volume a ser colhido devido ao menor nível de chuvas no último trimestre de 2020 e também em 2021", diz. "Atualmente, mesmo sendo um período de menos precipitações em comparação a outras épocas do ano, tem chovido bem menos do que a média histórica para a Região Sudeste, principal cinturão cafeeiro do Brasil, o que certamente afetará o tamanho da colheita e poderá ser refletido nas exportações."
