Por Leticia Pakulski
São Paulo, 11/03/2021 - O período mais seco na região de atuação da Copacol, em municípios do oeste e do sudoeste do Paraná, acelerou a colheita de soja, que já atinge 60% da área, informou a cooperativa, em nota. Segundo a Copacol, a previsão de tempo seco no oeste do Estado beneficia os agricultores que correm contra o tempo para compensar o atraso na colheita.
A expectativa é de que o rendimento médio entre os cooperados fique entre 140 e 150 sacas por alqueire, um pouco abaixo do esperado, mas ainda considerado positivo. "A queda na produtividade é compensada pelo valor da saca do produto: o dobro pago na safra passada", disse o engenheiro agrônomo e gerente técnico da Copacol, Tiago Madalosso, na nota. Conforme o comunicado, a saca da soja foi comercializada na quarta-feira a valores recordes, de R$ 163.
Conforme Madalasso, o ano é desafiador para o produtor de soja. "Tivemos falta de chuva na época do plantio, que se regularizou a partir de dezembro; e em janeiro, excesso de umidade, que interferiu na produtividade de algumas lavouras", afirmou o representante.
Na área da Copacol, 70% das áreas que foram cultivadas com a soja serão ocupadas pelo milho segunda safra. O cereal também registra preço histórico, o que estimula o produtor a cultivá-lo na safra de inverno. Na quarta-feira, a saca de milho era comercializada a R$ 77,50, segundo a cooperativa. Com relação ao manejo, o engenheiro agrônomo destacou a necessidade de cuidado com pragas como a cigarrinha. "Nas lavouras já estabelecidas pedimos ao produtor um pouco de atenção com relação ao ataque de cigarrinhas, que vem causado grandes danos na colheita, por meio do enfezamento do milho."
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