Agronegócios
31/08/2018 16:40

Boi/Acrimat: Semiconfinamento cresce em MT, com adoção da prática por 38% dos criadores


São Paulo, 31/08/2018 - Pecuaristas de Mato Grosso aumentaram a prática de semiconfinamento no Estado a fim de reduzir o tempo médio para abate de bovinos. A informação é do Panorama da Pecuária 2018, feito pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) em parceria com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Conforme o estudo, 38% dos criadores investiram neste tipo de criação em 2018, aumento de cinco pontos porcentuais ante os 33% registrados no ano passado.

O diretor-técnico da Acrimat, Francisco Manzi, afirma que, enquanto o gado no sistema a pasto leva, em média, 28 meses após a desmama para ser abatido, no semiconfinamento este tempo pode chegar à metade, ou seja, 14 meses. "Além disso, o pecuarista esbarra no aumento do preço dos insumos para o confinamento, como o milho, por exemplo, contrastando com o preço da arroba, que não tem remunerado os custos desse sistema", acrescenta.

De acordo com o levantamento, apurado de fevereiro a junho deste ano, a terminação exclusivamente a pasto caiu de 57% para 54,5%, na variação anual, e o confinamento saiu de 9% para 7,35%, demonstrando que a técnica do semiconfinamento foi a única que apresentou avanço entre os produtores.

"Na prática, os pecuaristas aproveitam o período chuvoso para a engorda a pasto, mensurando o peso do animal com mais regularidade para, no período da seca, investir na suplementação e, desta forma, padronizar o rebanho em termos de peso e acabamento de carcaça", explica a Acrimat.

Para o Imea, a tendência é de que mais pecuaristas passem a utilizar a técnica de semiconfinamento nos próximos anos, entregando animais mais pesados em menos tempo, sem ter que esbarrar no custo de produção mais elevado. (Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com)
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