Economia & Mercados
14/02/2022 10:00

Aeroporto de BH quer virar 'cidade' com centro de inovação, logística e indústria


Por Juliana Estigarríbia

São Paulo, 14/02/2021 - O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (MG) prevê dobrar a área bruta locável em 2022, após inaugurar 16 novas lojas no ano passado. A concessão tem ainda duas indústrias instaladas em seu complexo, contratos com mais quatro e capacidade para abrigar novas fábricas em mais de 200 mil m². Administrado pela CCR, em consórcio com a suíça Zurich, o aeroporto quer se tornar uma verdadeira “cidade” ao reunir comércio, hub logístico multimodal, centro de inovação, tecnologia e educação.

“Acredito no conceito de transformar o aeroporto, que é uma mini cidade, na qual circulam milhares de pessoas todos os dias", afirma o CEO da BH Airport, Kleber Meira. "Começamos a discutir como será esse aeroporto do futuro, como o cliente vai pegar um eVTOL daqui a alguns anos. Queremos criar um ecossistema em torno do terminal."


Foto: Pedro Vilela / Agência i7

Um dos grandes passos para essa transformação foi a aprovação, em 2020, do enquadramento do terminal em um regime que permite às indústrias ali instaladas tratamento alfandegário especial. Empresas com grandes volumes de importação e exportadoras são alvo desse modelo. “É uma grande vantagem competitiva para nós”, diz Meira. Foram cerca de quatro anos para obter essa aprovação.

Outro alvo da concessão é reforçar a oferta logística do terminal. Belo Horizonte está a uma hora de voo dos principais polos econômicos do País. “Temos um terminal de carga, mas também um complexo logístico com contêineres que vêm de diversos portos", diz. "O cliente pode até desembaraçar a carga aqui. Hoje temos o conceito da multimodalidade.”

Com a expansão do e-commerce, ele vê BH como um dos principais hubs logísticos do País. “Um novo polo logístico vai se instalar e crescer em Minas Gerais.”

Centro de inovação

O Aeroporto de BH também tem a ambição de se tornar um centro de inovação e educação. Vivo, Huawei, Ericsson, Fundação Dom Cabral e PUC-Minas estão se instalando no complexo para realizar pesquisas que vão desde testes de 5G a novas tecnologias de embarque e operação. “Queremos que o aeroporto de BH desenvolva aplicações e soluções para conectar o futuro.”

Para continuar fazendo essas apostas, Meira reforça a necessidade de garantir um ambiente mais previsível. “Na concessão de aeroportos, diferentemente de outros negócios, temos uma janela limitada para criar valor, por isso é tão importante o reequilíbrio dos contratos de longo prazo.”

Contato: juliana.estigarribia@estadao.com
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