Por Fernanda Guimarães
São Paulo, 03/11/2020 - Os banco renegociaram 15,6 milhões de contratos com operações em dia, que têm um saldo devedor total de R$ 917,6 bilhões entre o período de 16 de março a 23 de outubro, segundo a federação Brasileira dos Bancos (Febraban). A soma das parcelas suspensas dessas operações repactuadas totaliza R$ 127,6 bilhões, de acordo com a entidade. As postergações dos vencimentos ocorreram como forma de mitigar os efeitos da crise, sendo que a maioria dos agentes beneficiados com prorrogação de parcelas é formada por pequenas empresas e pessoas físicas, destaca a Febraban.
Já as concessões de crédito, para o período de 01 de março a 23 de outubro de 2020, somam R$ 2,6 trilhões, incluindo contratações, renovações e suspensão de parcelas. Estes dados incluem os números oficiais já divulgados pelo Banco Central (BC) para os meses de março a setembro, que atingiram R$ 2,3 trilhões, considerando o total das operações de crédito e os dados consolidados pela Federação até o dia 23 de outubro.
"Ultrapassamos a marca de R$ 2,6 trilhões em concessões de crédito, o que, de forma clara, revela o quanto os bancos foram sensíveis e proativos nessa crise com medidas concretas de alívio financeiro, em especial às empresas, que tiveram alta de 36,5% com recursos livres dos bancos", segundo o presidente da Febraban, Isaac Sidney, em nota.
Os dados da Febraban mostram ainda que o setor bancário já fez concessões de crédito para as micro e pequenas empresas de cerca de R$ 247,8 bilhões, incluindo novos contratos e renovações. No âmbito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) já foram realizadas 475.895 operações, com desembolsos de R$ 32,8 bilhões.
A Febraban frisou que a taxa de juros para o conjunto das operações de crédito recuou de 23,1% para 18,1% ao ano e o spread médio caiu de 18,6% para 14,2%.
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