Por Matheus Piovesana
São Paulo, 14/09/2020 - Se for concluída, a combinação de ativos entre a Ser Educacional e a Laureate do Brasil adicionará 267 mil alunos à base da companhia brasileira, o que elevará o total de estudantes a 455 mil alunos, com um crescimento anual composto (CAGR) de 21%. De acordo com o presidente da Ser, Jânyo Diniz, o negócio também trará escala nacional à companhia.
"A Ser entrará em um seleto grupo de players com atuação nacional, e fortalecerá sua posição nas regiões Sul e Sudeste", afirmou ele em teleconferência com analistas e investidores para comentar o acordo entre as duas empresas educacionais, anunciado ontem. O executivo também reforçou o aumento nas receitas e no Ebitda da Ser, que mais que dobrariam com o fechamento do negócio.
O grupo combinado chegaria a R$ 3,451 bilhões em receita pró-forma, considerando os dados do primeiro trimestre de ambas as companhias. Deste total, R$ 2,170 bilhões viriam da Laureate. O Ebitda saltaria para R$ 729 milhões, com R$ 413 milhões de contribuição dos novos ativos. A alavancagem da nova empresa seria de 3,2 vezes a relação dívida líquida/Ebitda.
Outro ponto ressaltado por Diniz é o potencial dos cursos de medicina. Nesta vertical, a Laureate traria 832 novas vagas, ante as 343 atuais da Ser, e abriria espaço para novas oportunidades no segmento de saúde. "O negócio abre espaço para aquisições relevantes para adicionar vagas de medicina", comentou o executivo.
A Ser não forneceu, na apresentação, estimativas de sinergias que podem ser coletadas na integração. Diniz, porém, afirmou que a integração das estruturas administrativas e educacionais deve gerar ganhos de escala relevantes. Segundo ele, um exemplo são os sistemas educacionais, que serão os mesmos para todo o grupo.
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