Economia & Mercados
18/02/2022 17:03

Neoenergia: esperamos manter alavancagem no patamar atual, abaixo do previsto originalmente


Por Luciana Collet

São Paulo, 18/02/2022 - O diretor executivo de Finanças e de Relações com Investidores da Neoenergia, Leonardo Gadelha, sinalizou para a manutenção do atual índice de alavancagem da companhia, que encerrou 2021 em 3,12 vezes dívida líquida sobre Ebitda. “Isso é abaixo do que foi previsto originalmente no nosso plano”, afirmou, durante teleconferência com analistas e investidores.

A companhia registrava, ao fim de dezembro do ano passado, dívida líquida de R$ 30,749 bilhões, considerando um endividamento bruto de R$ 36,75 bilhões e disponibilidades de R$ 6 bilhões. Do total de compromissos, 20% encontravam-se no curto prazo. Em relatório, a Neoenergia explicou que os montantes vincendos nos próximos anos apresentam maior concentração em 2022 devido à captação de R$ 2,5 bilhões, destinados à aquisição da CEB (atual Neoenergia Brasília).

“Em 2022, estão previstas amortizações pela Holding no valor de R$ 2,228 bilhões, pela Neoenergia Coelba no valor estimado de R$ 1,310 bilhão, pela Neoenergia Pernambuco no montante estimado de R$ 931 milhões. O total de amortizações da Holding e das duas distribuidoras representam 68% do volume consolidado a amortizar neste período”, explicou.

Gadelha também comentou que as captações para fazer frente aos investimentos previstos neste ano são menores que o observado em 2021. Ele não citou o volume requerido. No ano passado o endividamento cresceu 54%, ou R$ 12,956 bilhões em relação a dezembro de 2020, explicado principalmente pela execução de Capex dos projetos de redes e renováveis. A companhia investiu R$ 9,369 bilhões, 48% mais que no ano anterior.

A Neoenergia prevê realizar neste ano a entrega de projetos atualmente em execução, tanto no segmento de transmissão como no de geração renovável. Em geração, a expectativa é encerrar o ano com mais de 1,6 GW de capacidade. Entre as obras em andamento estão o complexo eólico Otis, entre Piauí e Bahia, com 566,5 MW e previsão de entrar em operação entre o fim do primeiro semestre e o início do segundo semestre, e o Parque Solar Luzia, na Paraíba, de 149 MWp, tem operação prevista para o segundo semestre deste ano.

Contato: luciana.collet@estadao.com
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