Economia & Mercados
28/06/2023 14:05

Coluna do Broadcast:Fundo XP Malls capta R$ 375 mi para comprar mais participações em shoppings


Por Circe Bonatelli, Altamiro Silva Junior, Cynthia Decloedt e Simone Cavalcanti

São Paulo, 27/06/2023 - O fundo de investimento imobiliário XP Malls - um dos maiores do setor - levantou R$ 375 milhões ao finalizar a oferta de cotas ao mercado, com uma proposta base (R$ 300 milhões) e um lote adicional de 25% (R$ 75 milhões). A demanda total chegou a R$ 440 milhões. Ou seja: teve investidor que acabou ficando de fora. A demanda elevada foi vista nos bastidores como uma indicação de retomada do apetite de investidores pelos fundos imobiliários de tijolo - a começar por shoppings, passando por galpões e escritórios. O setor teve poucas emissões de cotas, uma vez que os fundos estavam desvalorizados em meio ao cenário de juros altos. Mas a expectativa de começo de cortes na Selic deve voltar a deixar o setor mais atrativo.

Expectativa é negociar fatia no Shopping Cidade Jardim

Com o dinheiro levantado, o XP Malls pretende fazer a aquisição de ativos. Uma das tacadas será aumentar a sua participação no Shopping Cidade Jardim, onde já detém uma fatia de 17%. Segundo fontes, a XP Malls vai negociar uma parcela adicional com a JHSF Capital, que acabou de constituir um fundo reunindo investidores diversos para arrematar 33% do ativo.

Empreendimento na Bahia também está no radar

Com o dinheiro desta captação, o XP Malls também deve aumentar sua participação de 9% no Shopping da Bahia, que é controlado pela Aliansce. Além disso, o fundo também fará pagamento de algumas dívidas, melhorando a estrutura de capital. Ao todo, o XP Malls conta com participações minoritárias em 16 shoppings. Procurada, a XP não se manifestou.


Foto: Divulgação/Fabio Salles/Casadaphoto

VULNERÁVEL. Este ano já foram descobertas 3,44 milhões de tentativas de fraude de identidade no Brasil, quando uma pessoa usa dados de outra para se passar por ela, como roubo de documentos ou imagens nas redes sociais. Se concretizadas, os ataques poderiam gerar prejuízos de R$ 29 bilhões, mostra um estudo inédito da Serasa Experian.

COMO. Setores como os bancos, telefonia e varejo estão entre os mais expostos a essas fraudes, que vem crescendo desde a pandemia. Só o uso indevido de imagens que as pessoas colocam nas redes sociais aumentou 66% no ano passado.

PLACAR. Para mapear as tentativas de fraudes de identidade, a Serasa acaba de criar o "Fraudômetro", que mede as tentativas desse tipo no Brasil. Trata-se de modelo semelhante ao do "Impostômetro", criado há anos pela Associação Comercial de São Paulo, como forma de demonstrar o peso da carga tributária.

EM NÚMEROS. Em média, são 4 tentativas por segundo - 20 mil por dia - no Brasil. A nova ferramenta de medição foi apresentado na Febraban Tech, feira de tecnologia dos bancos, que deve reunir 30 mil pessoas em três dias em São Paulo.

MARACANÃS. Se cada fraude acima correspondesse a uma vítima diferente, o volume de pessoas que sofreram tentativas desse tipo poderia encher 44 Maracanãs. Ou em outra analogia com o futebol, seriam 1.200 tentativas de fraudes de identidade no período equivalente ao de uma partida.

PRESENTE DE GREGO. Segundo o chefe de produtos da Serasa, Pedro Marone, uma pesquisa da Serasa identificou que o roubo de identidade já é mais temido pelas pessoas do que o de cartões de crédito. Uma nova modalidade utilizada pelo fraudador é descobrir o aniversário da pessoa, enviar algum "presente" para sua casa e, na entrega, pedir para tirar sua foto como garantia de recebimento.

REFORÇO. Paulo Valle, ex-secretário do Tesouro Nacional, será o novo diretor-geral da Asset do IRB-RE a partir de julho. Ele fez parte do conselho fiscal da empresa de resseguros entre abril de 2022 e o mesmo mês deste ano. A IRB Asset Management foi criada em 2018 como braço de investimentos do IRB Brasil RE e possui R$ 7,5 bilhões sob gestão.

TRAJETÓRIA. Valle encerra a carreira que fez no Tesouro Nacional onde entrou como auditor Federal de Finanças e Controle em 1996. Entre as várias funções até chegar ao comando da instituição, foi subsecretário da Dívida Pública do Tesouro Nacional de 2006 a 2015, tendo sido responsável pela administração das dívidas interna e externa da União e pelo relacionamento com investidores e agências de rating.

TESOURO. Também exerceu o cargo de coordenador-geral de Operações da Dívida Pública de 1999 a 2006, tendo liderado a implantação do programa Tesouro Direto. Já foi presidente da Brasilprev de dezembro de 2015 a março de 2018. Tem MBA em Finanças pelo IBMEC e extensão em Economia pela George Washington University - The Theory and Operation of a Modern National Economy.

Contato: colunabroadcast@estadao.com
Para ver esta notícia sem o delay assine o Broadcast+ e veja todos os conteúdos em tempo real.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso