Por Denise Luna
Rio, 24/11/2021 - O Observatório Social da Petrobras (OSP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) vão vender amanhã, 25, gasolina a R$ 4,40 por litro para motoristas e entregadores por aplicativos em São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas. A iniciativa é um protesto contra a política de preços da Petrobras e será subsidiada pelos sindicatos ligados à FNP.
O valor da ação é cerca de 35% mais barato do que os preços de mercado. Na semana de 14 a 20 de novembro, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina era comercializado, em média, a R$ 6,75 em postos de abastecimento do País.
A ação, batizada de "Dia Nacional da Gasolina sem PPI", em referência à política de preços da Petrobras, será realizada pelos sindicatos que compõem a FNP nas cidades paulistas de São José dos Campos, Santos e Caraguatatuba, além de Angra dos Reis (RJ) e Manaus (AM). No total, serão comercializados 12 mil litros de gasolina, informou a FNP.
O PPI, ou Preço de Paridade de Importação, determina que os preços nas refinarias da Petrobras estejam alinhados com os do mercado internacional, levando em conta o preço do petróleo, os custos com importação e a variação cambial.
"Hoje, produzimos cerca de 80% de todo combustível consumido no Brasil e importamos 20%. Mas, em função do PPI, 100% do combustível é tratado como se fosse importado", afirma Adaedson Costa, secretário geral da FNP.
Sem o PPI, o sindicato diz que a gasolina poderia ser vendida no País a R$ 4,40 por litro. Esse valor é resultado do levantamento do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) para o OSP, baseado na análise dos custos reais de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras e da Petrobras, informou a FNP.
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