Brasília, 01/01/2019 - O presidente do Peru, Martín Vizcarra, desistiu de participar da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro nessa terça-feira, 1, e antecipou seu retorno para as 8 horas de hoje. A decisão foi motivada pela destituição de dois promotores da chamada "Lava Jato" peruana, que investiga supostas doações ilegais da construtora Odebrecht no país. Vizacar.
O procurador-geral do Peru, Pedro Chavarry, demitiu na noite de segunda-feira os dois principais promotores do time que investiga o escândalo de corrupção envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht, Rafael Vela e José Domingo Pérez, despertando protestos em cidades por todo o país. Os promotores serão substituídos por Frank Almanza e Marcial Paucar, respectivamente.
O presidente Martin Vizcarra criticou a ação, dizendo que a decisão interrompe o movimento de combate à corrupção liderado pelo governo peruano. "A luta contra a corrupção e impunidade é prioridade desse governo", escreveu Vizcarra em sua conta no Twitter.
Vizcarra usou a sua conta no Twitter para justificar sua decisão. "Expresso meu enérgico rechaço à remoção dos fiscais que estão a cargo dos mais importantes casos de corrupção. A luta frontal contra a corrupção e a impunidade é uma política prioritária de governo, disse o chefe de estado peruano.
Com o retorno de Vizcarra, o número de presidentes caiu para dez. (Pedro Venceslau)
