Política
26/02/2020 16:11

SP terá centro de contingência para monitorar propagação do novo coronavírus


São Paulo, 26/02/2020 - Após a confirmação do primeiro caso de um paciente infectado com o coronavírus no Brasil - um homem de 61 anos que vive em São Paulo e tinha viajado para a Itália -, o governo do Estado decidiu criar um centro de contingência. O objetivo é monitorar a propagação do novo coronavírus e coordenar ações contra a circulação do vírus, mas medidas mais detalhadas que serão tomadas ainda não foram divulgadas.

O centro, que será presidido pelo infectologista David Uip, será composto por profissionais do Instituto Butantan, médicos especialistas das redes pública e privada, e terá a supervisão do secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann. O primeiro caso de Covid-19 no Brasil foi diagnosticado nesta terça-feira, 25, num paciente do Hospital Israelita Albert Einstein.

O hospital fez o primeiro exame, que depois foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência nacional para análise de amostras de casos suspeitos. O paciente esta estável, isolado em sua casa. Há outros 11 casos em análise na capital. Conforme detalhado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde. Ele chegou a São Paulo nesta sexta-feira, 21, sem nenhum sintoma, num voo que saiu do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, depois de ter ficado na região da Lombardia, na Itália, onde os casos se concentram naquele país, entre o dia 9 e quinta-feira, 20.

Ele teve uma reunião de família com, aproximadamente, 30 parentes no almoço e neste domingo, 23, e começou a sentir os sintomas logo depois. Foi para o hospital nesta segunda-feira, 24, à noite e diagnosticado nesta terça-feira, 25. Pessoas que estavam próximas dele no avião e com quem ele se encontrou são procuradas pelos agentes de saúde.

O Albert Einstein resolveu testá-lo para o coronavírus depois que o Ministério da Saúde tinha ampliado o rol de países sobre os quais viajantes deveriam ficar atentos para sintomas. Além da Itália, Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura, Tailândia, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes Unidos estão na lista de locais de origem ou transição definida pelo Ministério da Saúde no início da semana. A mudança levou em conta o aumento de casos registrados fora do território chinês.

Germann pede que pessoas que apresentarem os sintomas e tiverem um histórico de viagem para uma área com circulação do vírus ou mesmo que tenham tido contato com algum caso suspeito ou confirmado laboratorialmente que procurem um serviço de saúde mais próximo. (Redação, O Estado de S.Paulo)
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