Agronegócios
28/11/2022 08:48

Conab: exportação de óleo e farelo de soja atingem recorde de janeiro a outubro


São Paulo, 28/11/2022 - As exportações de produtos do complexo soja (óleo e farelo) atingiram quase 20 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2022, volume recorde para o período, representando aumento de cerca de 28% em comparação com igual período do ano passado (15,55 milhões de t), de acordo com dados do Ministério da Economia (ME). A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é que as exportações dos dois produtos fiquem em torno de 22,5 milhões de toneladas até o fim do ano.

Segundo a Conab, em comunicado, apenas para o óleo de soja, os embarques nos dez primeiros meses deste ano alcançam cerca de 2,16 milhões de t, volume 63% superior ao exportado no mesmo período de 2021. "Destaque para as compras realizadas pela Índia, principal mercado consumidor. As vendas para o país asiático praticamente dobraram se comparadas com o volume exportado no mesmo período de 2021, saindo de cerca de 642 toneladas para 1,27 mil toneladas. Se utilizarmos como base o ano de 2020, o crescimento chega a 235%", disse a estatal.

Para o farelo de soja, as exportações entre janeiro e outubro atingiram 17,75 milhões de t, aumento de 25% em relação ao volume registrado no período do ano passado. "Se considerarmos apenas a Indonésia, principal destino do farelo brasileiro até o momento, as vendas no mercado internacional alcançam 2,6 milhões de t frente a 1,94 milhões de t, uma alta de 34%", destacou.

O analista de mercado da Conab, Leonardo Amazonas, disse na nota: “A demanda, tanto de farelo como o de óleo de soja, está aquecida, o que mantêm os preços no mercado internacional em níveis elevados. Além disso, a Argentina, principal país exportador dos produtos, também apresentou quebra de safra por causa de questões climáticas adversas registradas no último ciclo, o que abriu espaço para o produto brasileiro. Enquanto isso, no Brasil houve uma menor demanda de biodiesel no mercado interno o que possibilitou essa maior exportação mesmo com uma quebra na safra brasileira da oleaginosa.”
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