Agronegócios
24/06/2021 09:01

Suínos/Cepea: relação de troca de animal vivo por milho e soja em junho é a melhor do ano


Por Luiz Henrique Gomes, especial para a AE

São Paulo, 24/06/2021 - A relação de troca de suíno vivo por milho e farelo de soja em junho é a mais favorável ao pecuarista desde dezembro de 2020, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), em relatório. Os preços do suíno vivo registraram um forte aumento no mês, enquanto o preço do milho e do farelo de soja, os principais insumos da alimentação dos animais, estão em queda.

O contexto diminui a pressão de custos sobre as margens da atividade, que em maio chegaram à pior marca da série histórica da Cepea, iniciada em 2004. Entretanto, a relação é inferior à quantidade observada em junho do ano passado.

Considerando-se o suíno comercializado na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) e o Indicador Esalq/BM&FBovespa do milho (Campinas, SP), o suinocultor consegue adquirir 5,18 quilos do cereal com a venda de um quilo suíno. Apesar de ser a maior quantidade desde dezembro de 2020, ainda é 13,6% menor que em junho de 2020.

Frente ao grão comercializado no mercado de lotes de Chapecó (SC), o suinocultor pode comprar 4,88 quilos de milho, 16,3% a mais que em maio, mas 10,9% inferior à quantidade observada em junho de 2020.

Já o farelo de soja tem uma recuperação mais intensa no poder de compra, suficiente para garantir melhora mesmo na comparação com 2020. Em São Paulo, é possível a compra de 3,38 quilos do derivado com a venda de um quilo de suíno no acumulado, 26,2% a mais que em maio e ainda 22% superior à quantidade de junho do ano passado.

Para o produtor da região de Santa Catarina, é possível comprar 3,33 quilos do derivado de soja com a venda de um quilo de animal vivo. Neste caso, o poder de compra cresceu 15,1% se comparado a maio e 29,8% se comparado ao mesmo período do ano passado.

No mercado independente de suínos, o incremento na demanda e a oferta controlada de animais impulsionaram os preços neste mês. Na região SP-5, o animal registra média de R$ 8,02/kg na parcial de junho, altas de 19,8% no comparativo mensal e de 69,8% no anual, em termos nominais. No Oeste Catarinense, a elevação de maio para junho foi de 8,2%, com a média atual do suíno a R$ 7,67/kg, valor 75% acima do observado no mesmo mês de 2020.
Para ver esta notícia sem o delay assine o Broadcast Agro e veja todos os conteúdos em tempo real.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso