Por Lorenna Rodrigues e Fabrício de Castro
Brasília, 04/06/2020 - O diretor de Organização do Sistema Financeiro, João Manoel Pinho de Mello, disse que a concentração bancária no Brasil está caindo “lentamente”, mantendo trajetória de baixa.
Em entrevista coletiva virtual nesta quarta-feira, o diretor exemplificou que os ativos nas mãos dos cinco maiores bancos vêm caindo levemente. “É preciso entender a diferença entre concentração e competição; o que importa é a competição”, completou.
Nesta quarta-feira, o Banco Central divulgou o Relatório de Estabilidade Bancária (REB) que mostra que o Índice de Herfindahl-Hirschman normalizado (IHHn), utilizado como instrumento na avaliação de níveis de concentração econômica, fechou o ano de 2019 em 0,1308 no segmento bancário no caso de ativos totais. Em 2018, ele estava em 0,1334 - quanto maior o número, maior a concentração bancária.
Em depósito total, o índice atingiu 0,1419 no fim do ano passado, ante 0,1447. Já o IHHn relacionado a operações de crédito do segmento bancário atingiu os 0,1427, ante 0,1530.
O Banco Central considera mercados que registram valores para o IHHn situados entre 0 e 0,1000 como de “baixa concentração”. Entre 0,1000 e 0,1800 ocorre “moderada concentração”. De 0,1800 a 1, o mercado é de “elevada concentração”.
Contato: lorenna.cardoso@estadao.com fabricio.castro@estadao.com