Por Matheus de Souza e Natália Coelho e Lavínia Kaucz
São Paulo, 23/09/2023 - Após o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) atender ao pedido do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e tirar do ar reportagens sobre compra de 51 imóveis com dinheiro vivo pela família do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), o candidato do PDT, Ciro Gomes, foi às redes criticar a decisão. “Trata-se de um claro atentado à liberdade de imprensa”, publicou
“Um ato de censura que relembra os tempos da ditadura. Tenho certeza de que essa equivocada liminar concedida pelo desembargador será cassada rapidamente”, escreveu. As notícias já não estão mais no ar no site do portal UOL.
As reportagens foram publicadas em 30 de agosto e 9 de setembro. A primeira informa transações no valor de R$ 13,5 milhões realizadas total ou parcialmente em dinheiro vivo pela família do presidente. A segunda mostra evidências de uso de dinheiro em espécie na compra de 51 imóveis com base em documentos de cartórios.
O desembargador argumentou que a reportagem cita dados do Ministério Público oriundos de uma quebra de sigilo bancário e fiscal que foi anulada pela Justiça. Portanto, no seu entendimento, os dados não poderiam ser usados pela reportagem.
O pedetista finalizou declarando que “seja como for” a decisão não irá conseguir “ocultar a corrupção escancarada da família Bolsonaro”. Ciro citou então levantamento da pesquisa Datafolha, divulgado ontem (22), que mostra que 69% dos brasileiros consideram que há corrupção no governo.
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