Política
02/02/2021 00:14

Lira nega 'pé na porta' em primeiro ato: Fizemos ato imparcial e necessário


Por Camila Turtelli, Anne Warth e Matheus de Souza

Brasília, 01/02/2021 - O novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que sua decisão de anular a validade do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP) foi um “freio de arrumação”. O primeiro ato de Lira foi considerado um “pé na porta” dos adversários, pois tem o potencial de retirar os adversários dos cargos mais importantes da Mesa Diretora da Câmara. Para ele, no entanto, foi uma medida “imparcial”.

“Nós pregamos toda a nossa campanha que nós iríamos seguir o que preconiza o nosso regimento, nós íamos parar com essas decisões individualistas, concentração de poder, ‘eu decido, eu posso, eu faço’. Não”, disse, em entrevista à CNN.

Lira disse que o bloco de Baleia Rossi foi registrado fora do prazo final. “Seguindo estritamente o regimento, respeitando todas as questões regimentais da Casa, nós anulamos o que foi feito intempestivamente, trazendo para a realidade normal da casa o fato de que amanhã teremos novas inscrições”, afirmou.

Lira disse que haverá um novo cálculo para distribuição dos cargos da Mesa Diretora. “O cálculo, seja ele qual for, dentro da proporcionalidade e seguindo os trâmites regimentais, será obedecido com transparência. Os partidos poderão exercer proporcionalmente às suas vagas, mas sem nenhum sido de açodamento, nenhum tipo de, como eu posso dizer, um ato de força para fazer impor a todos os 512 deputados uma vontade única.”

Na avaliação dele, o ato de anular o bloco de Baleia Rossi foi “imparcial” e colocou “as coisas nos devidos lugares”. “Eu estou afirmando que o ato foi necessário para que nós possamos não dar um pé na porta, mas um freio de arrumação, para que os deputados saibam que o que manda na nossa Casa primeiro é a coletividade, segundo o regimento interno.”
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