Por Anne Warth
Brasília, 07/01/2020 - O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) disse há pouco que o bloco de apoio à candidatura de Arthur Lira (PP-AL) à Presidência da Câmara foi registrado e já inclui os 32 deputados do PSL que aderiram ao grupo. “Acabamos de registrar o bloco de apoio da candidatura do nosso presidente Arhur Lira. Além dos partidos já anunciados, recebemos a adesão do PSL com a assinatura de 32 dos 52 deputados. Na próxima semana teremos mais adesões”, afirmou, por meio de sua conta no Twitter.
Caso Lira seja eleito, Ramos deve assumir a primeira vice-presidência da Câmara. Ele era uma das lideranças que fazia parte do grupo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que apoia Baleia Rossi (MDB-SP) para o cargo.
O deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) informou que 32 deputados do PSL aderiram à candidatura de LIra. Presidido pelo deputado Luciano Bivar (PSL-PE), o partido tem 52 parlamentares e havia anunciado apoio a Baleia Rossi. O episódio pode levar à expulsão dos dissidentes.
Partido que deu abrigo a Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, o PSL rachou após a tentativa frustrada do presidente de criar uma nova legenda, o Aliança Pelo Brasil. Por causa disso, o PSL pediu à Câmara que 17 parlamentares fossem suspensos após a disputa entre Bolsonaro e Bivar, entre eles o próprio Major Vitor Hugo, Eduardo Bolsonaro (SP) e Bia Kicis DF) - todos integrantes do grupo anunciado hoje.
No Twitter, Major Vitor Hugo disse que o grupo não aceita participar de um bloco integrado por representantes de partidos de esquerda. De acordo com o presidente do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), desse grupo de 32 parlamentares, 17 estão suspensos - o que invalida suas assinaturas - e dois já teriam anunciado a retirada de suas assinaturas: Lourival Gomes (RJ) e Loester Trutis (MS). Com isso, o grupo de insubordinados estaria reduzido a 13.