Rio, 12/07/2018 - O Diretório Regional do MDB divulgou na manhã desta quinta-feira, 12, nota em que apoia a abertura de processo de impeachment contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB). No texto, o diretório também pede que a bancada de vereadores do partido na Câmara vote contra o prefeito.
Para o comando estadual do partido, os fatos que geraram a denúncia "são extremamente graves". Na semana passada, o prefeito promoveu reunião com pastores e líderes religiosos no Palácio da Cidade. No encontro, ofereceu aos convidados apoio para resolver eventuais problemas com a isenção de IPTU à qual os templos têm direito e para obter cirurgias de catarata e varizes para fiéis.
"Há tempos o prefeito deixou de lado o fato de que o Estado é laico. Mas, nesse episódio, ele passou dos limites", afirmou, por nota, a direção do MDB fluminense. O partido também alegou que "a população do Rio de Janeiro tem o direito de saber a verdade" e não "pode ser prejudicada em um de seus direitos mais elementares, que é a saúde".
"Respeitamos a crença religiosa de todos, mas a utilização da fé não pode servir para beneficiar quem é do mesmo credo, em detrimento dos demais", afirmou o comando regional da legenda na nota. A bancada do MDB na Câmara, no entanto, está dividida. Três dos nove vereadores do partido apoiaram a interrupção do recesso que permitiu a realização da sessão nesta quinta.
Os vereadores emedebistas que assinaram o requerimento são Rosa Fernandes, Rafael Aloísio Freitas e Átila Alexandre Nunes. Este é autor de uma denúncia de infração político-administrativa movidas contra o prefeito na Câmara. O presidente da Câmara, Jorge Felippe, é do MDB. Ele é atualmente o substituto legal do prefeito em seus afastamentos, porque o vice-prefeito, Fernando MacDowell, morreu em maio passado. (Constança Rezende)