São Paulo, 06/08/2021 - A agropecuária paulista recebeu 9,16% mais pelos seus produtos em julho em relação a junho, tanto na agricultura quanto na pecuária, informou, em nota, o Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que calcula o Índice de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqpR). Tanto os produtos vegetais (IqPR-V) quanto os animais (IqPR-A) tiveram altas no mês passado, de, respectivamente, 11,83% e 2,22%.
O IEA nota que, excluindo-se a cana-de-açúcar, principal produto da agricultura paulista, o índice geral avançou menos, ou 6,77% em julho. Já com a cana, que, isoladamente, subiu 12,37% por causa da estiagem, o indicador foi a 9,16%, como citado anteriormente.
Em julho, 12 dos 18 produtos analisados subiram de preço. Sob forte interferência das geadas, destacaram-se os reajustes de tomate para mesa (+67,1%), batata (54,25%) e banana nanica (+43,86%). Com menor intensidade, tiveram interferência climática as elevações dos preços de café (7,22%), leite cru refrigerado (5,03%) e milho (4,29%). Já as maiores quedas foram apresentadas por carne suína (-5,44%), amendoim (-4,54%) e algodão (-3,38%).
De janeiro a julho, o IqPR já acumula alta de 28,36%, informa o IEA. E, em 12 meses, os produtos de origem animal, dentro do IqPR-A, subiram 46,5%, enquanto os produtos de origem vegetal avançaram 62,15%. "Nesse período de um ano, 17 produtos do levantamento tiveram reajustes", diz o instituto, que continua: "Milho (100,39%), tomate para mesa (82,03%) e algodão (81,01%) foram as culturas que apresentaram as maiores altas no campo paulista nos últimos 12 meses".
