Por Giordanna Neves e Ana Carolina Cipriano, especial para o Broadcast Político
São Paulo, 27/07/2022 - Em reunião da Executiva Nacional do PT realizada nesta manhã, 27, a sigla adiou a decisão sobre a manutenção da aliança com o candidato ao governo do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSB). Segundo petistas, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, pediu um prazo maior, até sexta-feira (29), quando conversará com o deputado federal Alessandro Molon (PSB), candidato ao Senado na chapa.
Os petistas acusam Molon de descumprir o acordo que previa a candidatura do deputado estadual André Ceciliano ao Senado. Nos bastidores, Molon nega a possibilidade de abrir mão da disputa e o PT ameaça romper o acordo com Freixo. Na última sexta-feira, 22, o candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) interveio na disputa local e reafirmou apoio a Ceciliano.
Já o impasse sobre o Rio Grande do Sul foi dado como resolvido pela Executiva nesta manhã, segundo petistas ouvidos pelo Broadcast Político. O PT lançou a pré-candidatura de Edegar Pretto ao governo gaúcho. No encontro, foi confirmada a desistência do candidato pelo PSB ao Executivo estadual, o ex-deputado federal Beto Albuquerque.
Os pessebistas, no entanto, negam a informação. A assessoria do partido gaúcho afirmou ao Broadcast Político que a candidatura de Albuquerque será levada à reunião da Executiva nacional, marcada para esta sexta-feira (29), mas que até agora a retirada não era cogitada. A destinação de recursos ao projeto político estadual é, no entanto, um obstáculo para candidatura do ex-parlamentar. O PSB tem como prioridade a formação de bancada no Congresso.
Na reunião desta manhã, a Executiva discutiu palanques em outras unidades federativas e manteve abertas as negociações em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Em Mato Grosso do Sul, o PT aguarda uma sinalização do ex-prefeito e pré-candidato a governador Marquinhos Trad (PSD) à candidatura de Lula.
Em Mato Grosso, a sigla aliou-se ao ex-ministro e líder da bancada ruralista, o deputado federal Neri Geller (PP), que concorrerá ao Senado. A vaga ao governo, no entanto, segue indefinida. Nos bastidores, há uma tentativa de acordo com o governador Mauro Mendes (União Brasil), que hoje apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em Goiás, o PT aguarda um posicionamento do candidato ao governo pelo PSDB, Marconi Perillo, para fechar aliança com o tucano.
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