Por Giordanna Neves
São Paulo, 29/09/2022 - De olho nos possíveis casos violentos que possam ocorrer nas seções eleitorais, o PT prepara uma espécie de “plantão jurídico” para monitoramento de violência política em cada Estado do Brasil. A informação foi confirmada pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) ao Broadcast Político.
De acordo com Teixeira, o partido vai destinar fiscais aos locais de votação para averiguar possíveis casos de violência. A partir de eventuais alertas, a equipe jurídica acionará as autoridades responsáveis. “Vamos ficar atentos contra essa violência desse presidente delinquente”, disse o deputado, ao se referir a Jair Bolsonaro (PL). Os detalhes sobre a composição das equipes dos plantões ainda serão definidos.
Paralelamente, a equipe jurídica do candidato à Presidência pelo partido, Luiz Inácio Lula da Silva, comandada pelos escritórios dos advogados Cristiano Zanin e Eugênio Aragão, dará assistência a casos que repercutem no processo eleitoral nacional - com uma atuação mais voltada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que é palco da corrida ao Planalto.
Caso ocorra algum incidente, em um dos Estados, envolvendo a eleição presidencial, o plantão jurídico local acionará os advogados. Os dois escritórios são compostos por profissionais multidisciplinares, voltados para o direito eleitoral e penal, por exemplo, e já foram demandados ao longo da campanha.
O PT teme que a polarização e as falas do presidente Jair Bolsonaro (PL) sirvam como incentivo à promoção de atos violentos por apoiadores. O chefe do Executivo usa um discurso religioso e cita a luta do “bem contra o mal” para agitar a militância.
Ao longo da campanha, casos de violência política se multiplicaram e passaram a ter mais destaque no debate eleitoral. Um dos primeiros registrados e que teve repercussão nacional aconteceu em julho, em Foz do Iguaçu. Na ocasião, o guarda municipal Marcelo Arruda foi assassinado por um bolsonarista durante sua festa de aniversário, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores.
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